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Canal nº 759999 – Cirurgia Plastica no MEO Kanall

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Procedimentos Cirúrgicos

Mastectomia profilática

A Mastectomia profilática, consiste na remoção de uma ou ambas as mamas, que não têm doença cancerígena.

 

É uma cirurgia realizada principalmente nas mulheres que têm a mutação genética – BRCA 1 ou 2 positivo, pois apresenta uma probabilidade de desenvolverem cancro mamário até 85%, ao longo da sua vida.

Têm também até 65% de probabilidade de desenvolverem cancro dos ovários.

Como tal, as cirurgias de Mastectomia Profilática incluem muitas vezes a presença de uma equipa de Ginecologia para a remoção dos ovários.


Estes factos significam que obrigatoriamente tem de haver uma equipa verdadeiramente multidisciplinar:

- Cirurgião Plástico
- Cirurgião Oncologista
- Ginecologista
- Oncologia Médica
- Radioterapeuta
- Geneticista

Outras especialidades poderão ser necessárias de acordo com cada caso
Apesar da sua reconstrução se assemelhar por vezes com o aumento mamário normal, é importante frisar que é difícil obter os mesmos resultados estéticos. Como muitas das mulheres BRCA positivas são bastante novas, a componente estética tem um papel ainda mais relevante.

Assim, é fundamental que as possíveis técnicas de reconstrução devem ser exaustivamente explicadas, bem como as correspondentes complicações ou desvantagens de cada uma.

Algumas pacientes têm vários casos familiares de cancro da mama, mas o teste genético é negativo para a mutação BRCA.
Podem ter outro síndrome hereditário como Cowden ou Li-Fraumeno, ou outras que ainda não foram identificadas.

Outras há que, mesmo sem risco genético, após passarem pelo sofrimento de acompanhar um familiar com a doença, decidem tomar a opção de remover a mama.

É importante esclarecer que de facto a Mastectomia Profilática, permite diminuir a probabilidade de ter o cancro significativamente, no entanto reside ainda 3% de hipóteses. A manutenção de tecido mamário ao nível do sulco e retro mamilar é a responsável pela ausência de 100% de hipóteses.

Muito mais frequente é a realização nas mulheres já mastectomizadas de um lado devido a cancro, a remoção durante o processo reconstrutivo da outra mama para praticamente ficarem sem possibilidades de desenvolver nova doença contralateral.

 

Como se executa?

A técnica mais usada consiste na remoção da glândula através de uma incisão peri-areolar – igual à do aumento mamário, sem a necessidade de mais cicatrizes.

 

Por vezes, antes desta etapa, faz-se com anestesia local uma pequena cirurgia para fortificar a vascularização do mamilo (zona que pode dar complicações no pós operatório), chamada “delay”.

Depois deste(s) passo(s), é realizada a reconstrução com as seguintes alternativas:

- Tecidos autólogos (da própria pessoa – barriga, costas, glúteos, gordura)
- Expansores
- Prótese definitiva

A paciente permanece internada 1 a 5 dias, de acordo com a técnica elegida.

Principais complicações:

- Hematoma

- Seroma

- Dificuldades de cicatrização com necroses dos tecidos

- Assimetrias residuais

Porquê a diferença em relação ao normal aumento mamário?

 

Nesta cirurgia, o remover da glândula, acarreta uma agressão extra aos tecidos, estando a reconstrução dependente dessa etapa.

É muito importante dar exemplos do que pode suceder, de modo a que não existam dúvidas para as mulheres.


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